Conto: A Baleia
- Gabriele Santana
- 10 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
A Baleia
O autor de vidas secas, Graciliano Ramos (1892-1953) nasceu em Quebrango, Alagoas. De origem pobre, não teve meios de estudar, porém isso não o impediu de escrever uma das obras mais conceituadas da literatura brasileira. Vidas secas é um romance que se passa em meio ao Nordeste, onde a fome e a seca assolam uma pequena família. Nesse livro, um capítulo que MW chamou atenção foi: Baleia. Baleia era a cadela da família, sempre esteve presente nas longas viagens feitas pela família. Após uma dessas viagens, Fabiano a diagnosticou com hidrofobia, e mesmo depois de terem amarrado-lhe ao pescoço um terço de sabugo de milho queimado, Baleia só piorava. Ao ver o sofrimento de Baleia e temendo que a cachorra mordesse um dos garotos, Fabiano decide matá-la. Realizou todos os preparativos sem que a cachorra percebesse. Sinhá Vitória, trancou-se no quarto com os meninos atordoados, pois sabiam que o fim de sua melhor amiga e companheira estava próximo. Os meninos quiseram abrir a porta, Sinhá Vitória retomou o controle sobre eles, segurando-os novamente. Neste momento, Fabiano andava à procura de Baleia, que tentava se esconder, já sabendo das intenções de Fabiano. Já irritado pela atitude da cachorra, Fabiano pula a janela da sala e foi em direção a Baleia. Depois de se adiar alguns passos, Fabiano voltou a colocar na vista a arma, e puxou o gatilho. Após o tiro, podia-se ouvir os latidos de Baleia do quarto onde os meninos já choravam descontrolavelmente. Já sangrando, Baleia tentou correr de Fabiano e principalmente do objeto desconhecido, mas caiu antes de chegar á um esconderijo. Tentou levantar-se, não conseguia. Fabiano havia sumido, e só havia um denso nevoeiro. Baleia só pensava nos preás gordos e cheirosos. A morte havia encurralado a pequena Baleia. Esse capítulo me chamou atenção, pois, nele podemos observar um animal que contém características humanas. É tratada como se fosse da família e muito querida pela mesma. E assim acaba a vida de uma pequena heroína da seca.
Comments