Conto: Linda, uma história horrível

Linda, uma história horrível

Caio Fernando Loureiro de Abreu, nasceu em Santiago, em 12 de setembro de 1948, e morreu em Porto Alegre, em 25 de fevereiro de 1996. Foi um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro. Escreve em um estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, morte, medo e principalmente, da solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um fotógrafo da fragmentação contemporânea. Estudou Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porém abandonou seus estudos para trabalhar como jornalista em revistas de entretenimento. Em 1968 foi perseguido pelo Departamento de Ordem Politica e Social, e se exilou em São Paulo, na casa da escritora Hilda Hilst. Se declarou homossexual em plena época da Ditadura Militar no Brasil. Em 1995, fo patrono da 41º Feira do Livro de Porto Alegre.

O conto gira ao redor do encontro de mãe e filho, a mãe estando velha e acabada, cheia de problemas. O filho vai visitar a mãe em sua casa, e quando entra, lembra de tudo, dos cheiros, dos moveis, e do velho tapete púrpura da sala. Eles sentam na mesa do cozinha e conversam por muito tempo. Nessa conversa, percebemos que o filho é gay, e pelo desenrolar do conto, vamos descobrindo que os sintomas apresentados pelo filho são os mesmo da AIDS. São tantas coisas que ele deveria contar para a mãe, mas ela esta tão preocupada falando dos seus problemas e da sua vida que não lhe dá espaço para se abrir. Uma certa hora, a mãe vai dormir, e o filho vai para a sala de estar. Chegando lá, se olha no espelho, com a camisa aberta, e percebe que as marcas no seu peito são muito parecidas com as do pelo da cabela Linda. Deita-se no chão, e já não percebe mais qual a cor do tapete, antes púrpura, depois vermelho, e agora já rosa. E seu ultimo pensamento e palavra teve a ver com Linda, a fiel, velha e doente companheira da sua mãe.

Do meu ponto de vista crítico, o conto é muito bom, apenas meio confuso, fato que atribuo a recomendação desse conto apenas para pessoas que gostam de desvendar mistérios e confusões, e para pessoas com 14 anos ou mais. Dou a esse conto cinco estrelas.