Conto: A Máquina Extraviada
- Bruno Ramos Guimarães
- 8 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
A Máquina Extraviada
José J. Veiga nasceu em 2 de Fevereiro de 1905, nasceu em Goiás e morreu em 19 de Setembro de 1999 (84 anos) no Rio de Janeiro, José J. Veiga ganhou o premio Machado de Assis e o premio Jabuti (1981), (1983), (1993). Foi considerado um dos maiores autores em língua portuguesa do realismo fantástico.Obras de José J. Veiga: A Hora dos Reiminantes(1966), Os Cavalinhos de Platiplanto (1959), A Maquina Extraviada (1967), De Jogos e Festas (1980), A Casca da Serpente (1989), Objetos Turbulentos (1997), entre outros.Á Maquina Extraviada foi a terceira obra de José J. Veiga.
A história se passa no sertão, quando a máquina chegou todo mundo se apaixonou, brigavam por ela. A máquina chegou numa tarde, quando as famílias estavam jantando ou acabando de jantar e foi descarregada na frente da prefeitura, a máquina tinha chegado em dois ou três caminhões muita gente parou o que estava fazendo e foi vê-la.
A máquina ficou de relento, sem que ninguém soubesse quem a incomendou, nem para que servia. As crianças não respeitaram o mistério, retiraram a lona e foram subindo em bando pela máquina acima, brincaram de esconder entre os cilindros e colunas, embaraçaram-se nos dentes das engrenagens e fazem um barulho do diabo até que apareça alguém para soltá-los, as crianças se apaixonaram pela máquina.
O pessoal do sertão estavam tão habitados com a presença da máquina ali no largo que se um dia ela desabasse, ou se alguém da outra cidade viesse buscar, eles não sabiam para que ela servia mas isso nem importava mais para eles. Até agora o único acidente de certa gravidade que tivemos foi quando um vendendor de loja, prendeu as pernas na engrenagem da máquina, isso por culpa dele mesmo. O único receio do pessoal de lá era quando eles menos esperar, desembargue lá um moço de fora, desses despachados, que entendem de tudo olhe pra máquina de dentro pra fora pense um pouco e que comece a explicar a sua finalidade.
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